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Vida em apartamento: desafios e soluções para o bem-estar dos animais de estimação

Com a crescente verticalização das cidades, tutores precisam adaptar a rotina e o ambiente para garantir a saúde física e emocional dos animais de estimação que vivem em condomínios

Terra
Vida em apartamento: desafios e soluções para o bem-estar dos animais de estimação Imagem ilustrativa

Com a urbanização crescente e o avanço da verticalização nas grandes cidades, a convivência com animais de estimação em apartamentos tornou-se uma realidade para milhões de famílias brasileiras. Em condomínios de todos os portes, cães e gatos dividem espaços cada vez mais compactos com seus tutores, exigindo uma nova abordagem para garantir bem-estar, saúde e qualidade de vida. Essa tendência levanta uma importante discussão sobre os desafios e soluções na adaptação dos pets à vida em ambientes fechados e coletivos.

De acordo com o Instituto Pet Brasil, o Brasil possui cerca de 167,6 milhões de animais de estimação, e boa parte vive em áreas urbanas. Essa convivência, no entanto, nem sempre é harmoniosa. Cães de grande porte, gatos com comportamentos instintivos e mesmo animais idosos ou ansiosos podem apresentar dificuldades de adaptação quando submetidos a espaços restritos, ausência de áreas verdes e pouco contato com estímulos externos.

Segundo a médica-veterinária Farah de Andrade, consultora da rede de farmácias de manipulação veterinária DrogaVET, a rotina em apartamentos pode comprometer seriamente o bem-estar dos pets. “A limitação de espaço reduz a possibilidade de expressão de comportamentos naturais dos cães e gatos, o que pode levar a quadros de estresse, ansiedade, agressividade, hiperatividade, lambedura excessiva, miados e latidos persistentes, entre outros problemas comportamentais e de saúde.”

A importância de uma rotina estruturada

Entre os fatores que mais influenciam no equilíbrio emocional dos animais está a manutenção de uma rotina diária organizada. No caso dos cães, os passeios devem ir além das necessidades fisiológicas. É essencial que esses momentos envolvam estímulos sensoriais, sociais e mentais. “Farejar durante o passeio é, para o cachorro, como ler o jornal do dia. Ele capta informações sobre outros animais, território e até o estado emocional dos colegas de espécie. Impedir ou apressar esse momento equivale a negar um estímulo essencial”, destaca Farah.

Com a rotina atribulada de muitos tutores, soluções como serviços de passeadores, creches especializadas e sessões com adestradores comportamentais ganham cada vez mais espaço. Tais alternativas contribuem para o gasto de energia, a socialização com outros animais e o desenvolvimento cognitivo, evitando comportamentos compulsivos e destrutivos, como destruição de móveis, latidos excessivos ou marcação territorial inadequada.

Gatos também sofrem com a falta de estímulos

Apesar da percepção comum de que os gatos são mais independentes e adaptáveis, a vida em ambientes monótonos e sem estímulos pode afetar gravemente sua saúde mental e física. A ausência de estímulos adequados pode provocar apatia, obesidade, ansiedade e até quadros de agressividade.

Para evitar esses problemas, o enriquecimento ambiental torna-se essencial. Elementos como prateleiras em diferentes alturas, arranhadores verticais, brinquedos interativos, túneis, esconderijos e acesso visual ao ambiente externo são fundamentais para manter os felinos ativos e mentalmente saudáveis. A exposição à luz solar, mesmo indireta, também é benéfica, pois contribui para a regulação hormonal e o metabolismo dos gatos.

Vínculo afetivo e estímulos diários fazem diferença

A interação diária com o tutor é uma das principais fontes de bem-estar emocional para cães e gatos. Ainda que por períodos curtos, as brincadeiras e demonstrações de afeto reforçam o vínculo, reduzem a sensação de solidão e promovem equilíbrio comportamental. Brinquedos que liberam petiscos, jogos de caça, obstáculos improvisados, e brinquedos com texturas, cores ou sons diferentes são exemplos simples e eficazes.

O chamado “enriquecimento ambiental” pode ser dividido em categorias sensorial, social, alimentar, físico e cognitivo. O ideal é proporcionar uma variedade de estímulos que despertem os instintos naturais dos animais, prevenindo doenças físicas e distúrbios mentais. Em condomínios com regras mais rígidas sobre circulação de pets, o reforço desses estímulos dentro do próprio apartamento é ainda mais crucial.

Suporte terapêutico: quando florais e fitoterápicos fazem a diferença

Mesmo com todas as medidas preventivas, alguns animais apresentam quadros mais severos de ansiedade, especialmente aqueles que foram resgatados, passaram por mudanças bruscas ou possuem predisposição genética. Nesses casos, a adoção de florais e fitoterápicos manipulados sob orientação veterinária pode ser uma solução segura e eficaz.

A DrogaVET, referência nacional em manipulação veterinária, oferece medicamentos naturais personalizados, com ativos como valeriana, passiflora, L-triptofano, kawa-kawa e melatonina. Esses compostos atuam no sistema nervoso dos animais de forma leve, ajudando no controle da ansiedade, melhora do sono e adaptação a novos ambientes, sem efeitos colaterais como sedação excessiva.

Os medicamentos podem ser manipulados em formatos palatáveis, como biscoitos, caldas, molhos, glóbulos e cápsulas saborizadas, facilitando a administração. Além disso, a dosagem é ajustada conforme o porte, espécie e necessidade específica de cada pet, o que aumenta a eficácia e reduz riscos.


“Cada pet é único. Por isso, a individualização da terapia faz toda a diferença. Com o acompanhamento do médico-veterinário, é possível encontrar a combinação ideal de estímulos ambientais, rotina estruturada e apoio terapêutico para que cães e gatos tenham qualidade de vida mesmo em espaços compactos”, conclui Farah.


Considerações para síndicos e gestores condominiais

Para gestores condominiais e síndicos, compreender a importância do bem-estar animal é também uma estratégia para promover a boa convivência entre moradores. Investir em áreas pet-friendly, criar regras equilibradas para uso de espaços comuns por animais e permitir adaptações internas que respeitem o bem-estar dos pets contribuem para evitar conflitos e valorizar o empreendimento.




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