A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (25) que o Brasil voltará a adotar a bandeira amarela nas contas de luz durante o mês de maio de 2025, após cinco meses consecutivos de bandeira verde, período em que não havia cobrança extra na fatura.

A nova tarifação representa um acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos, devido ao fim do período chuvoso e ao início da estiagem, o que compromete os níveis dos reservatórios das hidrelétricas. Segundo a Aneel, essa transição climática exige o acionamento de usinas termelétricas, que produzem energia com custo mais elevado.

“As previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios para os próximos meses ficaram abaixo da média”, informou a agência reguladora.

O sistema de bandeiras tarifárias da Aneel tem como objetivo sinalizar aos consumidores as condições de geração de energia no país. Quando há escassez de chuvas, a produção nas hidrelétricas diminui, exigindo o uso das termelétricas. Para cobrir esse custo adicional, são aplicadas tarifas extras conforme a seguinte escala:

• 🟩 Bandeira verde – condições favoráveis de geração: sem custo adicional;
• 🟨 Bandeira amarela – condições menos favoráveis: R$ 1,88 a cada 100 kWh;
• 🟥 Bandeira vermelha patamar 1 – condições desfavoráveis: R$ 4,46 a cada 100 kWh;
• 🟥 Bandeira vermelha patamar 2 – condições muito desfavoráveis: R$ 7,87 a cada 100 kWh.

A última vez que a bandeira amarela foi aplicada foi antes de dezembro de 2024. De lá até abril de 2025, o país se beneficiou de um período chuvoso que garantiu o abastecimento dos reservatórios e dispensou a cobrança de taxa adicional nas contas de luz.

Com o agravamento da estiagem e a expectativa de baixa geração hídrica, a Aneel alerta que as próximas bandeiras podem subir ainda mais, caso seja necessário acionar mais termelétricas. A recomendação aos consumidores é redobrar a atenção ao consumo, adotando medidas de economia de energia e eficiência energética.