Moradores de um condomínio localizado em Salvador, na Bahia, vêm enfrentando sérios transtornos devido à grande quantidade de poeira de cimento que invade o ambiente. O problema tem origem em uma obra civil nas proximidades, cuja movimentação constante de materiais e ausência de contenção eficiente têm provocado a dispersão de poeira fina, afetando diretamente a rotina e a saúde dos condôminos.

Segundo relatos apresentados em reportagem da TV Bahia, a poeira entra pelas janelas, se acumula nos móveis e causa desconforto respiratório, principalmente em crianças e idosos. Moradores também reclamam de irritação nos olhos, aumento de crises alérgicas e agravamento de doenças respiratórias como asma e rinite.

A construtora responsável reconheceu o problema e alegou estar adotando medidas para conter a poeira, como a instalação de telas de proteção e o uso de água para reduzir a dispersão de partículas. No entanto, os moradores afirmam que tais ações são insuficientes e que o impacto permanece intenso.

Diante da situação, os condôminos estão avaliando medidas legais contra a empresa, buscando reparação por danos morais e materiais, além da interrupção das atividades até que sejam adotadas providências efetivas. A administração do condomínio também notificou órgãos públicos, como a Secretaria de Meio Ambiente, exigindo fiscalização rigorosa.

Especialistas alertam que obras em áreas urbanas devem seguir normas rígidas de contenção de resíduos e proteção ambiental. A exposição contínua à poeira de cimento pode acarretar sérios riscos à saúde, além de comprometer o bem-estar coletivo.

O caso evidencia a necessidade de responsabilidade por parte das construtoras e reforça o papel do síndico e da coletividade na defesa da qualidade de vida dentro dos condomínios.