Um caso inusitado e preocupante de conflito entre vizinhos foi registrado em um condomínio no bairro Jardim Florença, em Limeira (SP), após discussões relacionadas ao barulho de latidos de cachorro ultrapassarem os limites do diálogo e escalarem para vandalismo e ameaças explícitas.

Segundo informações do portal Rápido no Ar, os problemas entre os moradores teriam se intensificado ao longo de três meses, entre dezembro de 2024 e março de 2025. O desentendimento começou após um morador manifestar incômodo com os latidos constantes do cão da vizinhança. De acordo com relatos da vítima, o vizinho passou a lançar bombas caseiras no quintal da residência onde vive a família com duas crianças pequenas, especialmente à noite, causando sustos e desconforto.

O morador ameaçador teria declarado que continuaria com as explosões “toda vez que o cachorro latir”, evidenciando um comportamento de intimidação que passou a ser registrado formalmente pelas vítimas.

Mas a situação tomou um rumo ainda mais grave na madrugada de um dos dias em questão. O mesmo vizinho teria invadido a parte externa da casa da família incomodada e espalhado fezes humanas na maçaneta do carro e na rampa da residência, num claro ato de retaliação e humilhação. A ação, que gerou grande revolta, foi percebida ao amanhecer, quando os moradores saíram de casa para ir ao trabalho.

A família afirma estar psicologicamente abalada e teme que novas atitudes hostis possam colocar em risco a integridade física das crianças e dos adultos. O caso foi registrado na delegacia de Limeira como perturbação do sossego, ameaça e violação de domicílio, e está sob investigação da Polícia Civil.

O episódio acende um alerta para a crescente quantidade de conflitos interpessoais dentro de condomínios, especialmente quando a mediação entre moradores não é eficiente e atitudes extremas passam a ser adotadas por uma das partes envolvidas. Especialistas alertam que todo tipo de incômodo em condomínios deve ser tratado inicialmente por vias administrativas, com a mediação do síndico, antes de se tornar caso de polícia.

Enquanto isso, os moradores do Jardim Florença seguem apreensivos e cobrando providências mais rigorosas da administração condominial.​