Explosão química em piscina causa intoxicação em massa e hospitaliza 17 moradores em condomínio na Colômbia
Piscineiro teria feito mistura inadequada com cloro, gerando nuvem tóxica que contaminou o ambiente e afetou crianças e adultos no condomínio Peña Azul Aldea, em Ricaurte

Uma emergência química mobilizou as autoridades do município de Ricaurte, no departamento de Cundinamarca, na Colômbia, na noite do último sábado (19). Um total de 17 pessoas, entre elas três crianças, foi hospitalizado após um grave episódio de intoxicação por cloro no condomínio residencial Peña Azul Aldea. A origem do incidente foi atribuída à manipulação incorreta de produtos químicos utilizados no tratamento da piscina do empreendimento.
De acordo com o relatório oficial divulgado pelo Corpo de Bombeiros de Cundinamarca, o piscineiro do condomínio teria misturado de forma inadequada produtos à base de cloro, o que resultou em uma reação química que provocou uma explosão seguida da liberação de uma nuvem expansiva altamente tóxica. A contaminação ambiental se espalhou rapidamente pela área comum do residencial, onde vivem aproximadamente mil pessoas, afetando diversas famílias que estavam nas imediações.
O capitão Álvaro Farfán, delegado dos Bombeiros de Cundinamarca, informou que equipes de primeira resposta foram imediatamente mobilizadas para o local após os relatos de emergência.
"Foi registrada uma intoxicação em massa na jurisdição do município de Ricaurte. A situação exigiu uma ação rápida e coordenada para atendimento às vítimas e controle do ambiente contaminado", declarou o capitão.
As vítimas apresentaram sintomas típicos de intoxicação por cloro, como dificuldade respiratória, ardência nos olhos, irritações na pele, náuseas e vômitos. O cloro, quando manipulado incorretamente ou misturado a outras substâncias, pode gerar gases tóxicos extremamente perigosos, inclusive com risco de morte em casos de exposição prolongada.
Ainda segundo os bombeiros, o local passou por procedimentos de isolamento e descontaminação, e novas vistorias serão realizadas para verificar a segurança da estrutura e das áreas comuns. A recomendação inicial foi que todos os moradores deixassem a área da piscina até a completa dissipação dos resíduos químicos e da fumaça tóxica.
A situação acende um alerta importante para condomínios residenciais em toda a América Latina: a necessidade de treinamento adequado para profissionais que lidam com produtos químicos, especialmente em áreas compartilhadas como piscinas e salões de festa.
“Esse tipo de ocorrência pode ser evitado com medidas simples de capacitação, uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e controle rigoroso dos insumos utilizados”, alertou o capitão Farfán.
Perigos da exposição ao cloro
Conforme orientações da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, a exposição ao cloro pode causar efeitos severos no organismo, incluindo inchaço da garganta, alteração no pH sanguíneo, queimaduras em mucosas, vômito, dor intensa e risco de parada respiratória. Casos mais graves podem evoluir para complicações pulmonares e demandar internação em unidades de terapia intensiva.
A recomendação para situações semelhantes é que, ao identificar sintomas de intoxicação por produtos químicos, a pessoa seja levada imediatamente a um ambiente ventilado e receba assistência médica com urgência. O primeiro atendimento pode incluir lavagem de olhos e pele com água abundante e suporte respiratório em casos graves.
A ocorrência em Ricaurte segue sob investigação, e as autoridades devem avaliar se houve negligência por parte do condomínio ou falhas nos protocolos de segurança e treinamento dos profissionais.
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