Pilastra que caiu e matou criança em condomínio no Recreio (RJ) tinha estrutura fora do padrão
Laudo aponta que profundidade da fundação era três vezes menor do que o exigido, levantando questões sobre a segurança da construção no condomínio

Um laudo técnico revelou que a pilastra que desabou e causou a morte de uma criança em um condomínio no Recreio, no Rio de Janeiro, tinha uma profundidade de fundação três vezes menor do que o mínimo exigido pelas normas de engenharia. O caso gerou grande comoção e acendeu o alerta sobre falhas estruturais em empreendimentos residenciais.
Falha estrutural grave
O relatório pericial apontou que a base da pilastra não atendia aos requisitos técnicos necessários para garantir sua estabilidade, o que pode ter contribuído diretamente para o colapso. A construção da estrutura abaixo dos padrões recomendados levanta suspeitas sobre possíveis irregularidades na execução da obra.
Investigação e responsabilidades
A Polícia Civil abriu uma investigação para apurar as responsabilidades pelo acidente. O Ministério Público também foi acionado e avalia se houve negligência por parte da construtora e da administração do condomínio. Especialistas reforçam que, se confirmadas falhas no projeto e na construção, os responsáveis poderão ser processados por imprudência e omissão.
Riscos para outros moradores
Após a tragédia, moradores do condomínio demonstram preocupação com outras estruturas do empreendimento. A administração do condomínio informou que novas vistorias serão realizadas para garantir a segurança dos moradores e evitar novos acidentes.
Fiscalização e prevenção
Engenheiros civis alertam para a necessidade de maior rigor na fiscalização de obras, desde a fase de projeto até a entrega final. Problemas como fundações insuficientes, uso inadequado de materiais e falta de manutenção adequada podem comprometer a segurança de edificações e colocar vidas em risco.
A tragédia reforça a importância de inspeções periódicas e da transparência nas construções condominiais. A sociedade civil e os órgãos reguladores precisam atuar para evitar que novas fatalidades ocorram.
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