Turista atingida por fogos de artifício em apartamento será indenizada
Decisão da Justiça determina pagamento de indenização a turista que sofreu queimaduras após fogos de artifício serem disparados de um apartamento em Santa Catarina

Turista atingida por fogos de artifício em apartamento será indenizada
Uma turista que sofreu queimaduras ao ser atingida por fogos de artifício disparados de um apartamento em Balneário Camboriú, Santa Catarina, durante as comemorações de Réveillon, será indenizada. A decisão judicial determinou que o morador responsável pelo disparo dos artefatos pague uma indenização à vítima, que sofreu danos físicos e psicológicos devido ao acidente.
O incidente durante as celebrações de Ano Novo
O acidente ocorreu na virada de 2024 para 2025, quando a vítima estava hospedada em uma casa de veraneio na cidade de Balneário Camboriú. Durante a comemoração de Ano Novo, fogos de artifício foram disparados de um apartamento residencial localizado em um edifício na área central da cidade. Um dos fogos, de grande porte, acabou atingindo a turista, causando queimaduras de segundo grau em várias partes do seu corpo.
A vítima foi imediatamente socorrida e levada a um hospital, onde recebeu os primeiros atendimentos médicos. Além das queimaduras, a mulher sofreu impactos psicológicos significativos devido ao trauma do acidente. De acordo com os médicos que atenderam a vítima, o tratamento foi longo e exigiu cuidados especializados.
Decisão judicial e responsabilidade do morador
Após o incidente, a vítima entrou com uma ação judicial contra o responsável pelo disparo dos fogos, bem como contra o condomínio onde o fato ocorreu. O Tribunal de Justiça de Santa Catarina decidiu que o morador deveria indenizar a turista por danos materiais e morais, levando em consideração a imprudência e o risco causado pelo uso de fogos de artifício de forma irregular.
Em sua decisão, o juiz destacou que o uso de fogos de artifício em áreas residenciais, especialmente sem a devida autorização, coloca em risco a segurança dos moradores e visitantes. A Justiça também reconheceu os danos psicológicos causados à vítima, que teve sua saúde mental afetada pela experiência traumática.
Possível responsabilidade do condomínio
O condomínio onde o disparo dos fogos ocorreu também pode ser responsabilizado pelo incidente, especialmente se for comprovado que houve falha na fiscalização das normas internas. Muitas vezes, os condomínios possuem regras específicas sobre o uso de fogos de artifício em áreas comuns ou até mesmo em apartamentos privados. O não cumprimento dessas normas pode levar à responsabilização da administração do condomínio, caso a negligência seja identificada.
Implicações legais sobre o uso de fogos de artifício
O caso levanta questões importantes sobre o uso de fogos de artifício em áreas urbanas e residenciais. Em várias cidades brasileiras, a legislação sobre o uso de fogos de artifício é rigorosa e exige que qualquer queima de artefatos seja feita de maneira controlada, com a devida autorização dos órgãos competentes. A queima de fogos em áreas residenciais, especialmente em apartamentos e edifícios, sem o cumprimento das regras, pode resultar em multas, processos judiciais e até mesmo responsabilização criminal, dependendo da gravidade do incidente.
Ações preventivas para evitar acidentes
Especialistas sugerem que condomínios e moradores adotem medidas preventivas para evitar incidentes como este. A recomendação é que se reforcem as regras sobre o uso de fogos de artifício, com a criação de normas claras e a realização de fiscalizações periódicas. Além disso, é fundamental a realização de campanhas educativas sobre os riscos e a importância da segurança na utilização de qualquer tipo de artefato pirotécnico.
O impacto do acidente na vítima
Para a vítima, o acidente trouxe consequências significativas. Além das sequelas físicas, ela teve que lidar com as consequências emocionais do trauma, o que exigiu acompanhamento psicológico. A decisão judicial que a favoreceu não só a compensou pelos danos materiais, mas também reconheceu o sofrimento emocional causado pela experiência. A mulher, ainda em recuperação, expressou gratidão pela decisão judicial, mas reforçou que o incidente poderia ter sido evitado se as regras de segurança tivessem sido mais rigorosamente seguidas.
Reflexão sobre segurança em festas de fim de ano
O caso reforça a importância de uma maior fiscalização e controle do uso de fogos de artifício durante as festas de fim de ano, especialmente em áreas residenciais. A tragédia poderia ter sido evitada com a adoção de medidas mais rígidas para o uso de artefatos pirotécnicos e com a conscientização sobre os riscos dessa prática. É fundamental que tanto moradores quanto administradores de condomínios atentem para a segurança de todos os envolvidos, para garantir que comemorações como o Réveillon não se transformem em tragédias como essa.
O caso segue sendo acompanhado por autoridades judiciais e especialistas em segurança. A decisão judicial serve de alerta para outros moradores e síndicos sobre a necessidade de medidas preventivas rigorosas para garantir a segurança em festas e comemorações dentro de condomínios.
COMENTÁRIOS