Edifício Holiday é vendido em leilão por mais de R$ 21,5 milhões no Recife
Imóvel icônico, desocupado desde 2019 por problemas estruturais, teve venda concluída em sessão virtual nesta quinta-feira
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Edifício Holiday é vendido em leilão por mais de R$ 21,5 milhões no Recife
O icônico Edifício Holiday, situado no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, foi arrematado em leilão por mais de R$ 21,5 milhões. A venda foi concluída em uma sessão virtual realizada nesta quinta-feira (20). O imóvel, desocupado desde 2019 devido a problemas estruturais, teve um lance mínimo estabelecido em R$ 21,4 milhões, valor 40% inferior ao do primeiro certame, que não obteve ofertas.
A identidade do comprador será divulgada apenas após a homologação do leilão, conforme informações do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). O Edifício Holiday, construído em 1956, é considerado um marco da arquitetura modernista e da urbanização de Boa Viagem. Com 17 andares, o prédio abrigava mais de 3 mil moradores até sua interdição em março de 2019, motivada por falhas no sistema elétrico que representavam risco de incêndio.
Após a desocupação, o edifício enfrentou um processo de deterioração acelerada, incluindo furtos e depredações. Em novembro de 2023, a Justiça autorizou a venda do imóvel em leilão, determinando que os proprietários dos 476 apartamentos fossem indenizados. A primeira tentativa de venda, realizada em janeiro de 2025, não recebeu lances, levando à redução do valor mínimo para R$ 21,4 milhões no segundo leilão.
De acordo com diretrizes estabelecidas pela Prefeitura do Recife, o novo proprietário deverá preservar os elementos arquitetônicos originais do Holiday, a menos que seja comprovado comprometimento estrutural significativo. O custo da reforma ou eventual demolição parcial será de responsabilidade do arrematante e não poderá ser deduzido do valor pago na aquisição.
A venda do Edifício Holiday representa um capítulo significativo na história do Recife, suscitando debates sobre preservação do patrimônio histórico e desenvolvimento urbano. A expectativa agora recai sobre os planos do novo proprietário para o futuro do imóvel e seu impacto na comunidade local.
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